segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sonho I

Barriga
Dedos

Pausa
Silêncio

Violação

Ventania

Negra
Esfrega
Rosto
Maleável
Cabeça achatada

Nadja abocanhou minha testa.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Re-par-ti-ções


Como uma conjuntura de espaços
Repitimos o encaminhar terrestre


                                                           Mas

                                                                    Este corpo mundo
                                                                                               Será                                                                                               Será
 A repetição dialétia do acaso ou a
Dualidade? 

Luz
Sombra
Ao pôr do sol
Corpos estão escurecidos e suas sombras pulsam em uma imensidão ofuscada pelo Sol
Estrelas bailam em uma dança louca
E eu repetindo o desafio
De setas que guiam a
Ursula
Em sua caçada

Já 
ES 
mulher

Uma repouso de coisas
Que gela
No prisma do absoluto

...

Eusou
O que derivas a SER

terça-feira, 10 de julho de 2012

Cio-lações

Eu
Pirâmide da existência
Existência poeira
Oscilando em trajetória dupla
Um ser sempre sendo
Sendo
Negando
Aceitando
As vezes animal formidável
 longe
Suspenso
Levantado nos lençóis do tempo
Tempo-trabalho
Tempo luminoso

Que você também possa caminhar em verdes compasso nos comboius da exaltação.
E atravessar becos do inferno
Acima a abaixo

Dentes Vestido

Os dentes do vento foram vestidos
Em cortes de navalha uma paisagem se racha
 Vazão ou rio que se arasta?
Sedimentos
Uma paisagem em perfeita antagônica ascendente
Pacotes se abrem com conjunções do hoje
Desfigurando uma eternidade que não habita a razão
Foi um passeio de locomotiva
Raios de trovão
Como inspiração que logo se apaga
A mosca bate assas e eu bato pernas
Palmas ao espetáculo
Ele acaba de entrar em cena

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Ar-giras



há entre o copo e o vidro duas metades
metades de um girassol repartido

é nesta meia metade de vazos
de lacunas
que habitam casacos
sujeiras estrelares
que bailam nas moléculas lagunares
de tuas sais menina,
de teus olhos

há entre uma chama e outra 
uma deriva 
um navegante
um delírio 

de limos
em linhas
 de se embaraçar
nas serrapilheiras
de tuas 
duas 

uma

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

VITRoLAS

O preto rubro é a marcha pitoresca dos meus dias
entre o grafite e a água
eu e meu amigo nos tornamos deuses
um momento de pausa em que as duas almas gemem
linhas interminaveis de cálculos
Onde os radares dos satélites procuram sanidade defumando linguiças

Mas não há tempo
Não em vitrines

A vida precisa ser PARida
Talhada como os antigos templos de pedras

Magia initerrupta de criação
Faremos hoje a orgia do espírito nas lambidas do corpo
Ponto de silêncio! Vitrolas assobiam em teu ouvido louco
Os discos foram arranhados
Não
Não ha mais tempo!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Canção do InsTANTE

agora é  a hora: rifle revirada, doses elevadas de ventania

plano contábil onde explode o girrasol de Sutras

as ruas já ficaram pequenas para o cortejo que vem trazendo todo seu AXÉ

Pratos

O universo esta em tensão assim como o arco está para a lira
percorremos asfaltos
nadamos enquanto cometas caem e tentamos procurar algum sentido sobre nós
são estrelas que ofuscan a alma dos poetas xamãs que descem sobre nós a  magia das janelas da alma
e não me pergutem nada
até mesmo Garcia Lorca, chegou ao profundo vazio das interrogações
homens entre mistura hibridas
plantas e fantasmas
prateleiras lotadas e eu
trocando a vida por amor

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pentatônica

Oxumare na apoteose do meu transe onde brancas vestes serpeteiam
batuques trazem Don Quixote
cavaleiro expeculador

Setas diagonais em travessias na zênite
Crespúsculo além do estado selvagem
meu delírio
palavras em estado de dissolução

 silêncio exato de comunhão

Tarde noite lunar
Nina tua criança
descompasso de dança
Anunciação em altar

Estas a Mirrar o profundo estágio em que a consciência se reparte em duas laranjas
Mirra de la breuzinho
Graxeira de graça
Repouso no absoluto
em que
tua pomba
gira

La Otra Orilla

El poema sequirá siendo uno de los pocos recursos del hombre para ir, más allá de sí mismo, al encuentro de lo que es profunda y originalmente.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012




Menstruário

Ele quis me ver menstruada
Estação primaria
Gestação barrada
Ovários em descame
                                            Desarticulo no sentar
Estuário de papoulas
                      Griladas
                      molhada
Ousadia eminente
Boca jocosa em satírico
Murmuras destemido
                                        Aqui:
                                              nasceu o poeta
                              Ali:
                                   viveu o poeta
Janela de escárnio
Molotov  incendiário
Tu negro homem
De barba espessa e farpada
Serpenteia ativo, nesta mente endiabrada!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

SALAmandra

Salamandra

Salamandra
                      (armadura usada pelo fogo)
fornalha ardente mandíbulas da chaminé
 -Ou mármore ou de tijolo
 tartaruga estática
 Guerreiro japonês
                     -O martírio é repouso imóvel em tortura

                              Salamandra
nome antigo para o fogo 
é antídoto do fogo
ex-planta sobre brasas e sem pele
amianto amante amiante

                            Salamandra
                     abstrata na cidade
 entre as geometrias vertiginosa
 Cimento de vidro
de pedra-ferro
quimeras formidável
levantadas pelo cálculo
multiplicado pelo lucro
Parede
flanco anônimos papoula súbita

                     Salamandra
Garra Amarela
                    escrita vermelha sal na parede
                               dom
garra sobre a pilha de ossos

                              Salamandra
                     Falling Starnas
intermináveis sangrenta opala
enterrado sob as pálpebras de sílexa
menina desaparecida
Onyx túnelnos
círculos de basalto
semente enterrada
                     grão de energia adormecido no coração de granito
                                      Salamandra
                                      menina dinamite
peito de ferro
azul e preto
estourou como um sol
você pode ter como uma ferida
falar como uma fonte
                                      Salamandra
                                      espigão filha de fogo
condensação do sangue
sublimação do sangue
Evaporação do sangue
                                    Salamandra ara rocha é chamado
                    fumo, a chama de vermelho vapor
                    filha de oração
                    palavra alta de louvor exclamação
                    coroa de fogo o chefe do hino Scarlet Rainha                                                                     (É  menina em meias roxas
descabelada correndo pela floresta)
                    Salamandra
                    taciturno animais pano preto, 
com lágrimas de enxofre
(A verão úmido entre as telhas
desarticulada um pátio petrificada pela lua
Eu ouvi a sua cauda vibrando cilíndricas)

Caucasiano salamandra
Cinderella na parte de trás da rocha aparece e desaparece
língua curto e preto salpicado com açafrão

                               Salamandra
bug preto brilhante
Moss frioinseto-comerarauto do chuveiro
pequena célula
família de um raio
(Fecundação interna
reprodução ovíparaos
jovens vivem na águae
adulto nadar desajeitadamente)
                    Salamandra
Ponte suspensa
entre as eras de sangue-frio
(Altera o Alpine
espécies mais delgada
estão reunidas no claustro da mãe
Entre os ovos só realiza duas
e para entrega
embriões prosperam em um caldo nutriente
fraterna massa de ovos abortados)
A salamandra Espanhol
montanha preto e vermelho
Nenhum sol bate preso no meio do céu
não respirara vida
não começa sem o sangue grelhado sem sacrifício
não se move a roda dos dias
Recusa-se a ser consumida
Xolotl escondeu-se no milho,
mas encontraram
escondeu no maguey
mas encontraram
caiu na água e foi pescar a xolotlo de dois seres
                    e "então eles o mataram
"O Movimento começou 
andavam pelo mundo
a procissão de datas e nomes
Xolotl cão-guia do inferno que desenterraram os ossos na panela
aquele que acendeu o fogo do ano
o criador dos homens
Xolotl o penitente rompido
olho que chora por nós
Xolotl as larvas da borboleta
o dobro da Estrela
o caracol marinho
a outra face do Senhor de DawnXolotl a axolotl

                       Salamandra
solares dardo
                     luz da lua
coluna do meio-dia
nome de mulher
equilíbrio da noite.(O peso luz infinita uma grama de sombra em seus cílios)
Salamandra
                       chama preta heliotrópio
                     dom
se abre todas as noites estrela fixa na testa do céu
 calmamente sobre o mar aberto

rolando

       Salamandria
lagarto três polegadas
vivem nas rachaduras
cor de poeira
                      Salamander de terra e água
pedra verde na boca dos mortos
encarnação da pedra fogo
de pedra suor
da terra chamas
                     e queima de sal
sal destruição e cal-consuming mascara o rosto
Salamandra ar e fogo
enxame de sóis
palavra do primeiro vermelho
A salamandra é um lagarto
a língua termina em uma cauda
terminando em um dardo
É incompreensível
é indizível
repousa sobre brasas
                 Rainha das marcas
Se a chama é esculpido seu monumento em chamas.
O fogo é a sua paixão
é a paciência

Aguamadre Salamadre

Octavio Paz

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Flora-miniFEROS

Pomar de laranjas
  Tuas pernas que balançam

Dedos em deslize

impossível prever o abismo entre duas pinceladas

-as pálpebras baixam
-os sexos caim
o branco
preto
aquarelas de mistura

prever no impossível


bolhas de países
países entre paisagens

.


.
.

.
.
.
.

clínica metafórica
cena xamânica
Exu tranca a rua
impossível nos prever entre o traz-car
                                               traz-pad

                                  traz-for
                                               traz-guh
nas esquinas bipolares da loucura
das escruzilhadas da razão

três passos refletidos no espelho

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ao capitão loucura, piva!

Espermas de aço
Ilhas de marajó
samba turbulento
samba da luminosa escuridão do Sol
amendoins de puro êxtase
cortaze madame demônio
ogiva nuclear
locomotivas na sequência do sonho

aqui
sol e lua
mar e floresta

sou eu mesmo, amor!
sou eu mesmo