quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

VITRoLAS

O preto rubro é a marcha pitoresca dos meus dias
entre o grafite e a água
eu e meu amigo nos tornamos deuses
um momento de pausa em que as duas almas gemem
linhas interminaveis de cálculos
Onde os radares dos satélites procuram sanidade defumando linguiças

Mas não há tempo
Não em vitrines

A vida precisa ser PARida
Talhada como os antigos templos de pedras

Magia initerrupta de criação
Faremos hoje a orgia do espírito nas lambidas do corpo
Ponto de silêncio! Vitrolas assobiam em teu ouvido louco
Os discos foram arranhados
Não
Não ha mais tempo!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Canção do InsTANTE

agora é  a hora: rifle revirada, doses elevadas de ventania

plano contábil onde explode o girrasol de Sutras

as ruas já ficaram pequenas para o cortejo que vem trazendo todo seu AXÉ

Pratos

O universo esta em tensão assim como o arco está para a lira
percorremos asfaltos
nadamos enquanto cometas caem e tentamos procurar algum sentido sobre nós
são estrelas que ofuscan a alma dos poetas xamãs que descem sobre nós a  magia das janelas da alma
e não me pergutem nada
até mesmo Garcia Lorca, chegou ao profundo vazio das interrogações
homens entre mistura hibridas
plantas e fantasmas
prateleiras lotadas e eu
trocando a vida por amor

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pentatônica

Oxumare na apoteose do meu transe onde brancas vestes serpeteiam
batuques trazem Don Quixote
cavaleiro expeculador

Setas diagonais em travessias na zênite
Crespúsculo além do estado selvagem
meu delírio
palavras em estado de dissolução

 silêncio exato de comunhão

Tarde noite lunar
Nina tua criança
descompasso de dança
Anunciação em altar

Estas a Mirrar o profundo estágio em que a consciência se reparte em duas laranjas
Mirra de la breuzinho
Graxeira de graça
Repouso no absoluto
em que
tua pomba
gira

La Otra Orilla

El poema sequirá siendo uno de los pocos recursos del hombre para ir, más allá de sí mismo, al encuentro de lo que es profunda y originalmente.